quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Humanismo, Fenomenologia e Existencialismo.

Humanismo, Fenomenologia e Existencialismo.

“... A espécie humana é a única capaz de existir. Existência que pode ser traduzida por: por para fora, projetar-se. Essa capacidade é caracteristicamente humana, só o ser humano transcende toda barreira, enquanto, outros seres seguem sua programação biológica, o homem se faz homem, se constrói com base na cultura, na história, e na própria individualidade.

O homem passa a ter objetivos, sua condição de existência passa a ser seu potencial, este então passa a dar sentido para si. É o único que vive num constante devir (vir a ser). Tudo que este é ainda estar por se fazer. O homem é por si só uma obra inacabada, tendo seu projeto em suas próprias mãos. Antes de tudo, existência é possibilidade de se projetar, se construir.

Durante sua vida, o homem perpassa por um meio social massacrante, devassalador, que destrói e corrompe suas potencialidades genuínas. O caminho da é áspero e cheio de pedras, para muitos e existência perde seu maior significado, perde-se o sentido, a sua realização passa a estar cada vez mais distante. O homem sem sentido de vida é incapaz de viver plenamente. Na existência humana, mergulhar nas trevas é parte da caminhada, no entanto, para sair das trevas é preciso encontrar o verdadeiro sentido de vida. Diante de sua capacidade de autorealização, mesmo no deserto, a mais bela flor consegue florescer.”

Trecho extraído de artigo sobre Gestalt-Terapia (fonte wikipédia)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Terapia_gestalt

terça-feira, 17 de agosto de 2010

O ser humano é racional?

Em certo parâmetro deveríamos posicionar o conceito de “ser humano racional” a partir de uma pergunta: Em qual racionalidade?

Das propriedades mentais, e das potencialidades que o ser humano pode desenvolver, pode-se considerar de fato que ele é um ser com potencial racional. Mas sua capacidade de racionalização se limita ao seu nível de desenvolvimento mental ou cognitivo, das suas capacidades de percepção, do nível de interferência de seu sistema límbico, da sua maturidade biológica. Visto que a mente é um sistema não binário, e que por complexidade a racionalidade humana não se constitui apenas no sistema matemático da divisão (a/b=x), pode-se assegurar que o ser humano é racional, mas limitado à sua capacidade de percepção, seus conhecimentos, suas vivências e experiências, seus conceitos, seus mitos, suas crenças. Ou seja, a mente é o filtro pelo qual percebemos a realidade, a sua rede neural conjugada com as qualidades biológicas e sua formação, é quem determinará a qualidade da racionalidade que o ser humano está apto para exercer.

Apesar do ser humano ser racional, isto não o exclui da possibilidade e do ato dele cometer irracionalidades. É da propriedade da mente fazer as conexões mais absurdas possíveis, gerar as mais brilhantes idéias tidas como geniais, e das mais tolas possíveis que uns julgam popularmente falando que “nem animal irracional cometeria”.